Na última sessão da Câmara de Vereadores de Novo Cabrais, o vereador Valério Lawall expressou sua opinião sobre a recente reunião entre o Sindicato dos Servidores Públicos e o prefeito municipal. O encontro, realizado na sexta-feira anterior, abordou temas como o vale-alimentação, o plano de carreira e o regime jurídico dos servidores.
Lawall demonstrou satisfação ao ver que, pela primeira vez, o sindicato tomou a iniciativa de buscar diálogo com o Executivo. O parlamentar, no entanto, relembrou que, anteriormente, os vereadores foram responsabilizados pelo impasse em relação ao projeto. “Como venho a esta casa culpando os vereadores pois estavam trancando o projeto, colocando-nos como culpados pela situação”, declarou.
O vereador evitou aprofundar-se nas discussões sobre a representatividade sindical, mas afirmou ter ficado insatisfeito com a decisão do sindicato de aceitar o reajuste salarial proposto pela Prefeitura. Segundo ele, o acordo incluiu tanto os servidores efetivos quanto os cargos comissionados (CCs) e secretários, o que considera um equívoco. “O presidente do sindicato deveria ter defendido sua classe, ou seja, os servidores efetivos”, argumentou.
Lawall destacou a disparidade salarial entre os servidores concursados e os ocupantes de cargos comissionados, mencionando que muitos CCs recebem quase o dobro do que um motorista de carreira e, ainda assim, possuem o mesmo benefício de vale-alimentação. O vereador também criticou casos de desvio de função entre os CCs, que, segundo ele, prejudicam os servidores efetivos. “Isso, sim, Sr. Presidente Clovis, deveria ser levantado, e a voz do sindicato deveria ter dito: ‘Nós estamos aqui para defender a nossa classe’ e não aceitar essa imposição do projeto vir com CCs e secretários”, enfatizou.
O parlamentar afirmou que pretende buscar respaldo legal para a questão e mencionou que há pareceres do Tribunal de Contas que podem embasar uma ação para corrigir essa situação. “Acredito ser injusto dar o mesmo percentual para os efetivos e para os CCs, pois há CCs ganhando muito mais em desvio de função que o próprio funcionário efetivo”, concluiu.